segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os melhores episódios de "Sobrenatural" (na minha humilde opinião) parte 2

Pronto, afinal ainda demorou uns meses, mas aqui está o resto da lista:

Dream a Little Dream of Me



Há uma razão simples para este ser um dos meus episódios preferidos da série. Se um Dean agrada a muita gente, dois Deans agradam a muita mais. Mas pronto, vamos lá deixar as futilidades. Este episódio está aqui porque tem um bom ritmo, uma boa história e é um bom showcase das capacidades do Jensen Ackles e do Jared Padalecki.


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Mystery Spot



"Mystery Spot" é daqueles episódios que tem tudo. Começámos com uma premissa cómica, Dean a morrer de várias (e hilariantes) maneiras, mas depois descobrimos que há um sub-texto bastante mais sombrio na coisa toda. O Trickster está a tentar ensinar uma lição a Sam: viver sem o Dean. Depois da sua aparição Dean morre mesmo e Sam tem de viver com isso.

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Jus in Bello


Este foi o último episódio a ir para o ar nos Estados Unidos antes da greve dos argumentistas e conseguiu cumprir a sua tarefa. Uma das coisas mais interessantes nesta história em particular são as perspectivas. Para nós, que já acompanhávamos esta série há algum tempo, os Winchester são heróis. Sabemos que salvaram muita gente e o que fazem é para o bem da humanidade, mas para quem está de fora, eles não passam de dois criminosos psicopatas da pior espécie. Aqui também se assinala o final de algumas das histórias colaterais. Por um lado morre Victor Henricksen, o agente do F.B.I. que os perseguia há mais de um ano e por outro acabam muitos dos problemas dos irmãos com a autoridade visto que se presume que tenham morrido na prisão.

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No Rest for the Wicked


Seguindo a tradição de grandes episódios finais, "No Rest for the Wicked" foi mais um marco da série. Começámos com um sonho de Dean a fugir dos cães do Inferno, depois seguimos para um plano arriscado para tentar matar Lilith, que detém o contrato do pacto de Dean. Durante o episódio vemos Dean a perder cada vez mais o juízo até que começa a ver as caras verdadeiras dos demónios. No entanto, e a pesar de todo o esforço e negação, no final o plano sai furado e Dean acaba mesmo no Inferno. Por muito que não queira Sam tem de aprender a viver sem o irmão. É também neste episódio que nos dão as primeiras pistas de como Sam se tornará na quarta temporada.


Lazarus Rising




Foi este o episódio que mudou tudo. "Sobrenatural" sempre se apoiou nos seus monstros da semana, mas com este "Lazarus Rising" os argumentistas começaram uma nova fase. A mitologia começou a ter um papel mais proeminente. Foram tomadas várias decisões arriscadas. A primeira foi a de começar a nova temporada com uma solução instantânea: Dean saiu imediatamente do Inferno sem explicações nem satisfações. Depois seguem-se uns bons minutos sem qualquer tipo de diálogo, algo que em televisão nem sempre resulta tão bem como aqui. Mas o final apresentou-nos o maior de todos: a introdução de anjos. Houve quem ficasse apreensivo, mas alguém consegue imaginar a série sem Castiel?

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In the Beggining





Pela primeira vez "Sobrenatural" aventurou-se pelo conceito batido da viagem no tempo. Algo assim pode resultar em momentos de extrema "foleirice", mas são raras as ocasiões em que esta série fraqueja com ideias difíceis de concretizar.Para começar, é-nos dada uma boa razão para esta viagem, algo que nem sempre acontece. Depois ficamos a conhecer melhor a família materna de Sam e Dean e são respondidas perguntas que os espectadores tinham desde o início. No final ainda descobrimos a razão pela qual o demónio dos olhos amarelos escolheu Sam e que os pactos com demónios já são uma tradição familiar mais antiga do que se suspeitava.




Yellow Fever


Se há coisa que esta série sabe fazer é conciliar o humor com o terror. "Yellow Fever" é o exemplo perfeito disso. Começámos o episódio com Dean a fugir do que parecem ser cães do inferno, mas afinal não passa de um caniche. A partir de aí é um festival de riso à medida que Dean começa a enlouquecer. O grito ao ver o gato a sair do cacifo passou a ser uma das cenas mais emblemáticas de "Sobrenatural". No fim ainda temos um bónus: Jensen Ackles dá espectáculo com "Eye of the Tiger".


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Wishful Thinking


Mais um exemplo de como a série consegue aliar a comédia ao terror. Todo o episódio tem um humor distorcido (quem se pode esquecer do ursinho de peluche suicida?), mas o episódio termina com uma confissão séria de como Dean ainda se lembra do Inferno.
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On the Head of a Pin


Considerado por muitos o melhor episódio de sempre de "Sobrenatural", "On the Head of a Pin" apresenta-se como talvez a história mais sombria da temporada com Dean a ver-se obrigado a voltar a torturar e Sam a beber sangue de demónio para poder salvar o irmão. A última cena é soberba.


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The Monster at the End of this Book


Para quem lê spoilers, a história de "The Monster at the End of this Book" não despertou grande entusiasmo. Houve mesmo quem achasse que a série ia "saltar por cima do tubarão" se os Winchester descobrissem uma colecção de livros intitulada "Sobrenatural". Afinal não havia nada a temer. Por muito que se odiasse a ideia de incorporar um certo aspecto de realidade aqui, a coisa acabou por resultar e Kripke ainda conseguiu arranjar uma forma de comunicar subtilmente com os fãs.

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When the Levee Breaks


Apesar de torcer mais para o lado do Dean e de ser apologista do "quanto mais, melhor", é preciso admitir que a forma como 0s argumentistas começaram a tratar o Sam na quarta temporada deixou algo a desejar. Se é verdade que o Jensen Ackles é (e não me matem por isto) melhor actor do que o Jared Padalecki, também não deixa de o ser dizer que com material fraco não se vai muito longe e os episódios onde o Sam era mais central foram um bocado para o fracos ("I Know What You Did Last Summer" chegou a ser doloroso). Não é o caso deste "When the Levee Breaks". Apesar de ainda precisar de um pouco mais de trabalho, Jared Padalecki coseguiu ser convincente e foi uma boa forma de nos prepararmos para o final da temporada. A luta dos irmãos, apesar de breve, chega a roçar o épico.


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Lucifer Rising


Isto é que é uma maneira de acabar uma temporada! É uma das raras vezes em que os irmãos estão separados, mas mesmo assim o episódio funciona. Depois de ter trocado o irmão por Ruby, Sam consegue superar-se a si próprio e mata uma enfermeira possuída para poder beber o seu sangue, que a sua companheira demoníaca diz ser a única forma de evitar que Lúcifer saia da sua prisão. Já Dean é levado para um sala de espera onde os anjos tentam tudo para o manipular para o seu lado. É interessante ver os dois irmãos nestas situações de pressão. Este foi um final até certo ponto imprevisível e ainda nos deu um "cliffhanger" que nos deixou de água na boca (até perto da loucura) durante o Verão.

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Sympathy for the Devil


As opiniões do primeiro episódio da quinta temporada ficaram divididas. Houve quem achasse que a espera valeu a pena, outros queriam mais acção. Na minha opinião foi quase perfeito. Acentuou o papel do Dean na mitologia, teve Chuck, Castiel e Zachariah q.b. e apesar de ter feito justiça ao que Kripke chamou de "K-mart Apocalypse", como nunca fui grande fã de muita acção e efeitos especiais, achei que não se podia ter começado a temporada de melhor forma.

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The End


Dois Deans. O que se pode pedir mais? Só um episódio que transmite da melhor forma o desespero e a perda de humanidade que uma situação crítica como um Apocalipse provoca na Terra. Jensen Ackles esteve mais uma vez impecável, mas Jared Padalecki não lhe ficou atrás. A sua representação de Lúcifer é capaz de dar arrepios na espinha a qualquer um.

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Changing Channels



O conceito de programas de televisão enfiarem as suas personagens, vá, em programas de televisão, já não é novo, mas mesmo assim "Sobrenatural" conseguiu fazê-lo de forma original. Parodiaram "Anatomia de Grey", parodiaram "CSI", deram herpes e uma martelada nos bens do Sam e ainda conseguiram fazer com que fosse um dos episódios mais cruciais para a mitologia.

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Abandon All Hope


Apesar de poder desapontar aqueles que estavam à espera de um Apocalipse à la Bruckheimer, "Abandon All Hope" acaba por ser o episódio com mais acção da quinta temporada. Os rapazes encontram-se finalmente com Lúcifer e Jo e Ellen têm um final épico. Para além disso, ainda ficámos a conhecer Crowley, o melhor frenemy da televisão que vira a ter um papel fulcral na primeira metade da 6ª temporada.


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My Bloody Valentine


Se há alguém que consegue reduzir o cupido a um homem adulto nu que chora e gosta de abraçar é esta série. Este é mais um dos episódios que surpreende. Estávamos à espera de um episódio engraçado que ia gozar com mais uma festividade e acabámos por conhecer mais um cavaleiro.


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Dark Side of the Moon


 

Sam e Dean vão para o Céu. E não é foleiro! Ficámos a saber que no universo de Sobrenatural o céu é uma espécie de best of dos melhores momentos que vivemos na Terra. Dean não fica muito contente quando descobre que as melhores memórias de Sam são as das alturas que passou longe dele e do pai.


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Point of No Return


O tal episódio 100. Apesar de o episódio ter sido mais centrado na história do Dean, quem não ficou todo orgulhoso a ver o Sam a assumir o papel do adulto responsável? E Zachariah é capaz de ser o melhor vilão da série e, apesar de não o querer ver morrer, essa foi uma das melhores cenas da série.

Quando se pensa que não nos afecta a nós...

De certeza que não ouviram esta notícia, mas aí vai:

Discussão na rua leva a acusação de homicídio

O suspeito atingiu, alegadamente a vítima com o carro

Um homem de 26 anos de Laval foi acusado de homicídio em segundo grau num caso provável de agressividade na estrada.

Jefrrey Lindor apresentou-se perante um Juiz do Tribunal de Quebec onde foi acusado de homícidio em segundo grau de Jorge de Castro de 42 anos.

Lindor envolveu-se numa discussão com Jorge de Castro por volta das 8 da noite de Quinta-Feira perto de um cruzamento da Avenida Laurier com a 18ª Avenida, diz a polícia. A certa altura, Lindor regressou à sua viatura e, alegadamente, dirigiu-a contra Jorge de Castro antes de se pôr em fuga, disse o agente da polícia de Montreal, Olivier Lapointe.

Jorge de Castro morreu ontem de manhã num hospital, disse  a Procuradora Helene Di Salvo.

Vários familiares de Lindor estavam presentes na acusação. Lindor olhou para eles e mimicou-lhes algumas palavras quando estava sentado no banco de réus.

Di Salvo e o advogado de defesa Clemente Montegrosso acordaram a data do julgamento para 21 de Janeiro.

Lindor vai ficar detido sem direito a caução até o caso ser transferido para o Tribunal Superior de Quebec.

De acordo com informações do tribunal, Jeffrey Lindor não tem registo criminal.

Fora do tribunal, DiSalvo recusou-se a explicar porque Lindor foi acusado de homicídio em segundo grau em vez de condução perigosa.


O tom da notícia não deixa de ser um pouco chocante para a família do homem que morreu e é pena saber que se calhar ninguém os vai respeitar da mesma forma que o acusado por serem imigrantes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Já que estámos numa de morte... :D

Ontem postei aqui a história do Encontro em Samarra. Visto que a forma como diferentes culturas interpretam a morte foi uma coisa que sempre me fascinou, há coisa de dois anos escrevi um apanhado muito breve sobre o assunto. Ora vejam:



A Morte como entidade, é um conceito que está presente em várias sociedades ao longo da História. A Morte também é conhecida por Ceifador e, desde o século XV, é representada com a figura de um esqueleto que carrega uma lâmina grande e está vestido com um manto preto com capucho.

Em alguns casos, a Morte é capaz de matar a vítima, o que levou à existência de lendas de que esta pode ser enganada. Outras crenças dizem que é apenas um espectro que representa a ligação entre a alma e o corpo e que guia os falecidos até ao próximo mundo, não tendo qualquer controlo sobre a sua morte.

Em muitas línguas a Morte é personificada com forma masculina, enquanto noutras tem uma forma feminina.

Mitologia Indo-Europeia

Helénica

Na Grécia Antiga a morte era considerada inevitável, por isso a figura da Morte não é representada de forma puramente má. É representada como um homem barbudo com asas, mas também como um rapaz pequeno. A Morte, ou Tânatos, é a parceira da via, sendo a morte representada por um homem e a vida por uma mulher. É o irmão gémeo de Hipnos, o deus do sono. É tipicamente apresentado com o seu irmão e é representado como gentil e justo. A sua função é escortar os mortos até a Hades, deus do submundo. Depois, entrega os mortos a Carote (que, de acordo com alguns, é batante parecido com a interpretação ocidental moderna da Morte, uma vez que tem a forma de esqueleto e um roupão preto), que chefia os barcos que os levam pelo Rio Estige. O Rio separa a terra dos mortos da tera dos vivos. Acreditava-se que, se não se pagasse ao barqueiro, a alma não era levada para o submundo e era deixada na margem do rio para toda a eternidade. Ar irmãs de Tânatos, as Keres eram os espíritos das mortes violentas. Eram associadas ás mortes nas batalhas, por doença, acidente e assassinio. Eram retratadas como más, alimentando-se frequentemente do sangue do corpo depois de a alma ter sido levada para os Hades. Elas tinham presas e garras e vestiam-se com roupas feitas de sangue.


Rio Estije


Germânica


Na tradição germânica, a Morte era um dos disfarces do deus viking Odin. Em inglês, o Grim de Grim Reaper, deriva de Grimnir, um dos nomes de Odin.

Celta

Para os Galeses, a Morte é Angeu e para os Bretões é Ankou. É visto por muitos como um homem com um roupão de capucho (invariavelmente preto) por vezes carrega uma foice.

Eslava

As velhas tribos eslavas viam a morte como uma mulher vestida com roupas brancas, com um broto verde na mão. Quem tocasse no broto cairia num sono eterno.

Esta imagem sobreviveu até à Idade Média, sendo apenas substituída pela imagem tradicional da Europa Ocidental de um esqueleto andante no século XV.

Báltica

Os lituanos chamavam Giltiné à Morte, palavra que deriva de "gelti" (que pica). Giltiné era representada como uma mulher velha e feia com um nariz azul grande e uma língua de veneno letal. A lenda diz que Gilinté era jovem, bonita e faladora até ser fechada num caixão durante 7 anos. A deusa da morte era irmã da deusa da vida e do destino, Laima, simbolizando a relação entre o principio e o fim.

Mais tarde, os Lituanos adoptaram a imagem clássica da Morte.


Deus Odin

Mitologia Hindu

Nas escrituras hindus, o senhor da guerra chama-se Yama, ou Yamaraj (que significa, literalmente, "o senhor da morte). Yamaraj monta um búfalo preto e carrega uma corda atada num laço para carregar a alma de volta para o seu local de residência, chamado Loka. Há várias formas de Morte, embora alguns digam que apenas uma se disfarça de criança. São os seus agentes, os Yamaduts, que levam as almas de volta para o Loka. É aí que estão guardados todos os relatórios das boas e das mãs acções das pessoas, que são armazenados e mantidos por Chitragrupta, o que permite Yamaraj decidir onde as almas vão residir na próxima vida, seguindo a teoria da reencarnação. O Yamaraj também é mencinado na Mahabharata como um grande folósofo e devoto de Brâman.

Yamaraj também é conhecido como Dharmaraj ou Rei da Darma ou justiça. Uma das razões para tal é que a justiça é servida da mesma forma para todos, estejam vivos ou mortos, com base no seu Karma ou destino. Isto é mais sublinhado pelo facto de Yudhishtra, o mais velho dos Pandavas e ser considerado a personificação da justiça, nasceu das preçes de Kunti a Yamaraj.


Yamaraj

Judaísmo

De acordo com a Midrash, o anjo da morte foi criado por Deus no primeiro dia. A sua morada é no Céu, a prtir do qual necessita de oito vôos para atingir a Terra, enquanto que a pestilencia necessita apenas de um.  Diz-se que o anjo da morte tem 12 asas e está coberto de olhos. Na hora da morte, ele permanece na cabeça daquele que está a falecer com uma espada traçada na qual pendura uma gota de galha. Assim que quem está a falecer vê o anjo, é-lhe dada uma convulsão e abre a boca, para onde o anjo derrama a gota. Esta gota provoca a sua morte; ele começa a apodrecer e sua cara torna-se amarela.

A alma escapa através da boca, ou, de acordo com algumas fontes, através da garganta, por isso é que o Anjo fica na cabeça do moribundo. Quando a alma abandona o corpo, a sua voz é projectada por todo o mundo, mas não é ouvida. A espada traçada do anjo da morte, indica que este era visto como um guerreiro que mata os filhos dos homens. " O Homem, no dia da sua morte, cai perante o anjo da morte como um animal perante o chacinador" (Grünhut, "Liḳḳuṭim", v. 102a). Em algumas representações posteriores, a espada é substituida por uma faca e também é referido um cordão, o que indica a morte por asfixiação. Moisés diz a Deus: "Temo o cordão do anjo da morte". Dos quatro métodos de execuçã judeus, 3 recebem o seu nome a partir do anjo da morte. Também é este anjo que executa os castigos que Deus ordenou pelos pecados.

O anjo da morte assuma a forma que melhor serve o seu propósito. Pode aparecer como um pedinte a implorar perdão, ou um estudioso. "Quando a pestilência se impõe na cidade, não andes pelo meio da rua, porque o anjo da morte caminha por lá; se a paz reinar na cidade, não andes pelos lados da rua. Quando a pestilência entra na cidade, não vás sozinho à Sinagoga, porque é lá que o anjo da morte guarda as suas ferramentas. Se os cães ladrarem, o anjo da morte entrou na cidade; se correrem, o profecta Elias chegou". Nas orações diárias, o "destruídor" é o anjo da morte. Midr. Ma'ase Torah diz: "Há seis anjos da morte: Gabriel, o dos Reis; Kapziel, o da juventude; Mashbir o dos animais; Mashhit, o das crianças; Af e Hermah, o dos homens e das bestas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma história: porque é épica demais para não postar

"Encontro em Samarra"

Um mercador em Bagdade enviou o seu servo comprar mantimentos ao mercado e pouco tempo depois o servo voltou, branco e a tremer e disse: "Senhor, mesmo agora quando estava no mercado uma mulher que estava na multidão deu-me um encontrão e quando me virei vi que tinha sido a Morte.

Ela olhou para mim e fez-me um gesto ameaçador; empreste-me o seu cavalo e cavalgarei para longe desta cidade para evitar o meu destino. Irei para Samarra e lá a Morte não me encontrará.

O mercador emprestou-lhe o seu cavalo e o servo montou-o e ele bateu com as esporas nos seus flancos e o cavalo galopou o mais rápido que pôde. Depois o mercador foi ao mercado e viu-me de pé na multidão e veio ter comigo e disse: "Porque fizeste um gesto ameaçador ao meu servo quando o viste hoje de manhã?"

"Aquilo não foi um gesto ameaçador", disse-lhe eu, "foi só uma expressão de surpresa. Fiquei admirada por o ver em Bagdade visto que tinha um encontro com ele hoje à noite em Samarra."