Uma das séries que me tem dado mais prazer (no pun intended) nos últimos tempos é Fringe. Não sou particularmente fã de ficção científica e ganhei uma espécie de ódio de estimação pelo J.J. Abrams depois de um par de temporadas de Lost pelo que Fringe nunca me despertou nenhum interesse. Isto até um amigo me informar que estava a perder uma das melhores séries de sempre. Pouco tempo depois a Fox começou a exibir Fringe a partir do princípio e já que não estava a dar mais nada... e ninguém me viu durante quase uma semana.
Para parafrasear uma das deixas da série, dizer que Fringe é viciante é como dizer que sou bípede. A forma como os episódios estão estruturados é brilhante, mesmo aqueles que parecem não passar de um simples caso da semana acabam por ter algum elemento que mais tarde acaba por entrar na história principal e os minutos finais deixam-nos sempre com água na boca e desejosos de saber o que vem a seguir. Os argumentistas também sabem construir mistérios como ninguém e o resultado é sempre satisfatório e, ao contrário de Lost, lá vamos tendo algumas respostas.
Para acrescentar à qualidade, temos interpretações incríveis do elenco principal constituído por John Noble, Anna Torv e Joshua Jackson que se adaptam facilmente ás várias facetas das suas personagens que vão surgindo ao longo das quatro temporadas.
A História
Durante uma investigação o parceiro de Olivia Dunham, uma agente do FBI, é contagiado com uma doença rara para a qual ninguém, para além de um tal Dr. Walter Bishop, parece saber tratar. O problema é que o cientista está internado num asilo há 17 anos e só pode ser visitado por família directa. O único que se encaixa no perfil é Peter Bishop, o seu único filho que preferia nunca mais voltar a ouvir falar do pai. Numa tentativa desesperada de tentar salvar o parceiro Olivia viaja até Baghdad, onde Peter se encontra a conduzir negócios obscuros, para o convencer a libertar o pai do asilo. Peter aceita ajudar Olivia sob ameaça de a sua localização ser divulgada.
E é aqui que começa a loucura. Ao longo da primeira temporada vamos descobrindo que Walter Bishop conduziu com o seu amigo William Bell (o misterioso e desaparecido fundador da Massive Dynamic, uma empresa de tecnologia com fundos ilimitados) várias experiências na área da "Ciência Marginal" para tentar tornar realidade algumas "impossibilidades" como controlo mental, teletransporte ou mutações genéticas. Os casos que a equipa investiga estão todos relacionados com o "Padrão" um reavivamento destas experiências que usa o mundo como laboratório. A própria Olivia e até Peter acabam por se revelar vítimas das fronteiras que Walter e William atravessaram com o seu trabalho e, ao longo das temporadas, passámos de casos isolados e relativamente simples como gravidezes aceleradas e cabeças explosivas a universos múltiplos e à guerra eminente entre eles.
As personagens
Olivia Dunham (Anna Torv)
Walter Bishop (John Noble)
Peter Bishop (Joshua Jackson)
Philip Broyles (Lance Rednick)
Astrid Farnsworth (Jasika Nicole)
Nina Sharp (Blair Brown)
Trailer
A quarta temporada de Fringe está a passar na RTP2 à Quinta-Feira ás 22:45.
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