terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Stop the presses!

O que se passa com os jornalistas deste país? A sério. É só incompetência ou é mesmo paranóia? Todos os dias, quando se pensa que as notícias não podem piorar, conseguem surpreender-nos. Hoje, por exemplo, o cardeal de Lisboa não quis falar sobre o casamento homossexual por isso, algum génio lançou a teoria mais, vá, estúpida de sempre: ora, o Sócrates quer que duas pessoas do mesmo sexo se casem, por isso se um padre não quer falar sobre isso, naturalmente tem um pacto com o Primeiro-Ministro. E o mais triste é que isto é mesmo verdade, podem confirma-lo aqui.
O que é isto? Eu percebo que muita gente não goste do homem, mas será que isto é mesmo necessário? As teorias da conspiração estão a ficar cada vez mais ridículas. Não estou a dizer que o Primeiro-Ministro é um Santo ou sequer que defendo tudo o que ele está a fazer mas isto está a começar a passar dos limites. Uma coisa é fazer acusações baseadas em factos, outra é inventar. Se tudo o que a TVI e o SOL já disseram sobre o Sócrates for verdade, o homem vai passar o resto da vida a apodrecer na cadeia. Eu sei que a coisa era mais divertida e interessante se tivéssemos um Berlusconi a governar, mas, pela primeira vez em algum tempo temos alguém que está a fazer alguma coisa e que, choque, cumpre promessas de campanha. Sim, temos uma crise, mas pelo menos esta tem uma explicação com fundamento. Alguém chegou a descobrir porque é que em 2003 tivemos uma recessão?
Por isso, parem. E não estou só a falar das críticas constantes (por mais incrível que possa parecer, nem tudo é culpa do governo). Parem com as reportagens diárias onde nos informam que vamos gastar menos no Natal. Parem de nos relembrar que estamos em crise (já sabemos!). Parem de alarmar as pessoas sobre a vacina contra a gripe A e, já agora, parem de atirar as culpas aos médicos quando se descobre que as pessoas não se estão a vacinar. Parem de falar só com padres e organizações de família quando fazem uma notícia sobre o casamento homossexual, é impossível não haver casais homossexuais que queiram dar o lado deles. Parem de defender as teorias de conspiração contra os pais de meninas inglesas desaparecidas e já agora, parem de acampar no aeroporto sempre que os pais da dita cuja chegam a Portugal. Parem com a treta humanística e de acrescentar coisas como "apenas dias antes do Natal" com uma cara meia tristonha no fim das reportagens. Parem de dizer que estamos na cauda da Europa (continua a ser melhor do que estar no nariz da África).
Acima de tudo, parem com a falsa moralidade.
PAREM!
Os telejornais são um atentado à liberdade de expressão maior do que qualquer coisa que o Noronha Nascimento propôs.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

RIP Brittany Murphy


Bem, este ano tem sido mau para algumas celebridades. Ontem Brittany Murphy morreu de paragem cardíaca. Confesso que nunca fui grande fã da actriz em si, mas entre 2002 e 2005 ela participou em filmes que foram bastante divulgados, 8 Mile, Uptown Girls, Just Married e Sin City. Na altura tinha eu os meus 12 anos (não durante esses 3 anos obviamente) e, como leitora assídua que era da Bravo era impossível não conhecer este nome.
No entanto vou recorda-la mais pelas participações em Vida Interrompida e Os Rapazes da Minha Vida, dois dos meus filmes preferidos.
Foi um choque sim, senhor. Agora aqui estamos, mas daqui a 1 minutos não se sabe. Bem, era como Keanu Reeves dizia em Bill & Ted's Excellent Adventure, "All we are is dust in the wind, dude."

Fiquem com Brittany Murphy em Os Rapazes da Minha Vida:



sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eu fui: Homicídio in Vila das Aves 2009

Se há coisa que me faz feliz é morar na designada "ordeia". Não há muita gente, não é muito grande, mas tenho tudo o que preciso. Acima de tudo, é um sítio pacífico. Ao fim-de-semana é o meu paraíso para descansar depois de 5 dias desse sítio cheio de greves de autocarros, ambulâncias e apitadelas que é 0 Porto. Então, qual não é o meu espanto quando chego ontem à estação de comboios de Vila das Aves e me deparo com a estrada cortada e os sempre habituais "mirones" (e com isto estou a falar de jornalistas, porque pessoas já não estavam muitas). Mataram o dono de uma ourivesaria. Os assaltos a ourivesarias não são, infelizmente, novidade nenhuma, nem para estes lados, mas um homicídio ainda vai sendo. Eu sei que parece uma coisa sem importância, visto que nem sequer conhecia o estabelecimento, mas é a perda do sentimento que tinha de segurança.
Ainda há uns 6 meses, Riba de Ave (esta sim a minha terra) também apareceu nas notícias por motivos semelhantes. É um pouco estranho sentir que nem o nosso cantinho nesta Terra já não é aquele abrigo que tínhamos imaginado.




Prometo voltar com coisas menos foleiras da próxima.

sábado, 12 de dezembro de 2009

5 filmes para entrar no espírito de Natal

5º - Grinch

Em Whoville a população prepara-se para o Natal, a sua época do ano preferida, contudo, no alto de uma monatnha, Grinch uma criatura zangada que odeia tudo com ele relacionado, planeia destruir o Natal. Não chega a conseguir porque uma rapariguinha da aldeia mostra-lhe o significado do Natal. No fim Grinch junta-se à festa e fica tudo bem.
Este filme pode ser desprezado pela crítica e há quem não suporte ver o Jim Carey neste papel, mas isso é porque devem ter meio coração (estão a ver a referência?). Tudo o que tem o Jim Carey é um festival de riso e Grinch não é excepção e, para alem disso, está cheio de espírito natalício.

4º - Sozinho em Casa

Já todos o vimos. Já passou em todos os canais e parece que não vai desaparecer tão cedo. De certeza que há muitos que já não aguentam os ladrões e os gritos do Mcaulay Culkin, mas temos de admitir que não é Natal se não houver Sozinho Em Casa. A história é simples, um rapaz deseja ficar sem a família e não é que isso acontece mesmo? Enquanto os chatos estão na Florida, Kevin diverte-se a experimentar o after-shave do pai, a explorar o quarto dos irmãos e a desabilitar ladrões com uma violência que só pode ser descrita como... hilariante. Mas depois as coisas ficam aborrecidas e a vida não tem assim tanta piada quando se está sozinho, por isso a família volta e fica tudo bem... durante um ano, porque depois a criança farta-se outra vez da família e acaba sozinho em Nova Iorque.



3º - Música no Coração

O que é que Música no Coração tem a ver com o Natal? O filme em si, muito pouco, mas infelizmente foi-se perdendo a tradição de passar na televisão nesta época. Não sei se é uma coisa pessoal ou um sentimento geral, mas "Edelweiss" faz-me lembrar mais do Natal do que muita da "música" que anda a tocar por esses centros comerciais fora. Já foi uma tradição da minha família ver-mos juntos este filme no dia 25 na ressaca da maluqueira da meia-noite da véspera de Natal e, apesar de não haver pinheiros, nem pais-natal ou neve, o filme tem todo o espírito e valores que de tanto se fala nesta época, por isso recomenda-se vivamente dar uma vista de olhos.



2º - Um Conto de Natal

É o cliché de Natal. Todos os anos algum programa pega na história e aplica-a ás suas personagens. Há filmes, desenhos animados, até bandas desenhadas, mas é uma história que nunca envelhece. Este ano é o filme eleito para ir ver com a família ao cinema. Porque haverá alguma coisa melhor para entrar no espírito natalício?



1º - O Amor Acontece

Bem, na verdade há. O Amor Acontece tornou-se no mais recente clássico de Natal. É o meu favorito, porque é o mais real. Aqui não há amor fabricado (a história do inglês que vai para a América não conta), nem paz no mundo porque é Natal. Todas as personagens têm os seus problemas e é muito fácil relacionar-nos com as histórias que vão se vão sucedendo. É engraçado, é triste, até ridículo, mas, cima de tudo faz-nos sentir. O filme de Natal perfeito. Esqueçam lá esse ódio de estimação pelo Hugh Grant e vejam este filme com as luzes da árvore a brilhar no fundo!




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sete Palmos de Terra (2001-2005)

O fim da década aproxima-se (bem, se formos a ser rigorosos, ela só acaba no próximo ano, mas adiante) e, um pouco por todo o lado, começam a surgir as listas do melhor que se fez nestes últimos 10 anos. Contudo há uma série que não tem recebido assim tantas menções, vai-se lá saber porquê, e essa série é Sete Palmos de Terra.



Tenho de admitir que descobri a série um pouco tarde. Conhecia-a, mas nunca me tinha despertado grande interesse até descobrir que foi aqui que Michael C. Hall iniciou a sua carreira televisiva. Como a grande fã de Dexter que sou, tinha de ver esse grande actor noutro papel, e não fiquei desapontada. É o exemplo perfeito da história que impressiona sem se levar demasiado a sério. É-nos apresentado um olhar extremamente macabro sobre a morte e a forma como cada um lida com ela. Para alguns é um trabalho e um negócio, para outros um drama e, em não raras ocasiões, apenas um inconveniente. As conversas da família ou amigos do falecido com os sócios da Fisher and Sons são alguns dos melhores momentos que Sete Palmos de Terra nos apresenta, sobretudo pela veracidade das emoções das famílias e amigos dos falecidos.

Contudo, a série brilha nos momentos de humor. Por muito complicada que fique a situação, há sempre um momento, quase sempre absurdo, que reduz a seriedade.

Um dos aspectos que melhor caracteriza a série é a falta de fronteiras. Não há limites, em nenhum sentido. Os mortos falam com os vivos, maldizem a vida, a morte e os entes queridos. Já no mundo dos vivos, nada parece estar fora do alcance. Ao longo das 5 temporadas há relações gays, lésbicas e séniores, viciados em drogas e sexo e doidos varridos. Grande parte da história passa-se nas cabeças das personagens e são constantes os sonhos acordados.

Sete Palmos de Terra é, no fundo a representação do absurdo da morte e do nada da vida.



A história

Nathaniel Fisher, a sua mulher Ruth, e os seus filhos, Nate, David e Claire, são donos de uma casa funerária que oferece o melhor serviço da zona. Nate regressa a casa para o Natal quando o seu pai é morto por um autocarro e tem de ficar para ajudar o irmão David a gerir o negócio da família.


Alguns dos melhores momentos





















É só mesmo uma amostra senão não saia daqui.

Não percam de 2º a 6º na Fox Next ás 00:05!

Vamos ver se este é para continuar

Andava eu pela Internet quando me apercebi que tinha uma conta esquecida no blogger. Como sou pessoa de começar blogs, escrever duas ou três entradas e depois deixa-los ao abandono, não sei se este vai chegar a algum lado, mas vamos ver. Espero escrever aqui coisas que me despertam a atenção, sejam elas aspectos da vida, séries, filmes, música... Espero que os poucos que se interessam gostem!